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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Uma Bispa e um Gigante...a história se repete

 
Quando a narrativa bíblica conta a história de Davi e de Golias, as crianças vibram com a história do pequeno Davi contra o Gigante. Não foi a força que venceu, foi a sabedoria do menino. Humanamente, era impossível que aquilo acontecesse, mas o rapaz Davi venceu. Jogou a pedra com a funda na cabeça do gigante e o derrubou. Mas, ao contrário do que muitos pensam, Davi não matou o gigante com a funda, mas com a espada do próprio gigante (I Sm 17, 50-51: Assim, prevaleceu Davi contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e o feriu, e o matou; porém não havia espada na mão de Davi. Pelo que correu Davi, e, lançando-se sobre o filisteu, tomou-lhe a espada, e desembainhou-a, e o matou, cortando-lhe com ela a cabeça. Vendo os filisteus que era morto o seu herói, fugiram).

Esta semana, na posse de Donald Trump, o Golias dos tempos atuais, uma pequena Davi, A Revma. Mariann Budde, Bispa da Igreja Episcopal dos Estados Unidos, jogou uma pedra na testa do gigante. Ela defendeu gays, imigrantes, pobres contra o ataque sem piedade dele contra essas pessoas. Seu sermão foi uma "rajada de Glória" como dizem nossos irmãos pentecostais, pois ela acertou um alvo que, com suas ações e palavras, agride as pessoas, o bom senso e toda e qualquer forma de humanidade. Para aquele homem, governar não é administrar conflitos, mas criá-los. Mas Deus estava ali, na Catedral Nacional de Washington e pela boca daquela Davi dos dias atuais jogou a pedra na testa de Trump.

E ela se mantém corajosa, dizendo que não retira nada do que disse, que Trump merecia e precisava ouvir aquela mensagem. E agora?

Cabe a nós, vozes progressistas, principalmente entre os cristãos, sermos a espada nas mãos de Davi! Com nossas ações corajosas, nossa luta pelos direitos humanos, nosso exercício de misericórdia para com as minorias, os desvalidos, os pobres de Deus, cabe a nós sermos a espada nas mãos de Davi. Precisamos mostrar a ele e a seus seguidores, admiradores, que ainda existe uma resistência, que ultrapassa a escravidão ao Capital, cabe a nós mostrar, com palavras e ações, com reflexão e oração, que as pessoas são mais importantes que as coisas, que ser é mais importante do que ter, e que devemos amar incondicionalmente os que sofrem qualquer tipo de ultraje. O mundo precisa de nossa voz, de nosso posicionamento claro.

Trump, faço nossas as palavras do Davizinho: "Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos"(I sm 17, 47).

Que Deus nos ajude!

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