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domingo, 2 de junho de 2024

Devocional - 02 de junho de 2024

Olá, meu povo! Despois de um grande tempo sem postar nada, estou de volta aqui e quero, pelo menos, postar um texto por semana, no mínimo! kkk

Segue um devocional inspirado nas leituras da Liturgia de hoje, Segundo Domingo depois de Pentecostes (Dt 5, 6-21; II Cor 4,5-12; Mc 2, 23-28):

Sem dúvidas que muitos religiosos no decorrer da História valorizaram mais as coisas que as pessoas, considerando-se "coisas", principalmente, como doutrinas. Sendo assim, o que vemos na História é uma batalha para que se saiba o "lado certo" e o "lado errado" de certas posições. E no afã de se impor um ponto de vista como único válido e verdadeiro, houve (e há) o uso da violência, seja verbal, psicológica ou mesmo física, chegando em alguns casos até mesmo à guerra! O velho e mau fundamentalismo.

Católicos x Protestantes, arminianos x calvinistas, pedobatistas x antipedobatistas, os conflitos se estendem e recebem o nome de "Legião". Enquanto isso, pessoas vão sendo deixadas de lado, pessoas vão sendo esquecidas e o pior, as doutrinas acabam se tornando mais importantes do que as pessoas. Isso é horrível para um testemunho cristão saudável.

A primeira leitura nos adverte quanto à necessidade de se amar e respeitar as pessoas. O Decálogo tem quatro mandamentos relativos ao amor a Deus ( não adorar outros deuses, não fazer ídolos, não tomar o nome de Deus em vão e guardar o dia de descanso). No entanto, os demais mandamentos mostram como deve ser o respeito e o amor ao próximo, deixando claro o quanto as pessoas são importantes.

A segunda leitura adverte que não podemos pregar a nós mesmos - nossos conceitos pessoais, nossos valores individuais - mas a Cristo, Nosso Senhor, em quem depositamos nossa fé e confiança. Dessa forma, colocamos as nossas vidas a disposição das pessoas - não das doutrinas - por amor a Cristo.

E o Evangelho fecha nossa reflexão, mostrando que os fariseus estavam preocupados mais com a Lei (doutrinas) do que com as pessoas, ao acusarem Jesus de ser um profanador do sábado. Tomando o mandamento ao pé da letra, esqueceram que o mandamento foi feito por causa das pessoas - a fim de que pudessem descansar da lida diária. Na verdade, o mandamento manda trabalhar seis dias para aí sim descansar-se um. Cuido da lida diária, da vida, vivo intensamente para mim, mas dedico um dia à adoração e descanso físico.

Porém, os fariseus estavam mais preocupados com a letra que mata. Em nome disso, é que muitas pessoas se afastaram do Evangelho e abandonaram as fileiras cristãs, pois muitos cristão (pseudocristãos) amaram mais a letra que mata do que o Espírito que vivifica. Porque o outro pensa diferente de mim, eu o afasto, isolo.

Vivemos num mundo onde as opções ao Evangelho são imensas. Gurus de todas as praias estão em busca de pessoas que sofrem com ansiedade, medo, depressão e outros males, e as persuadem a dar dinheiro, tempo e, por vezes, até a própria liberdade. Outros são aprisionados a vícios hediondos, que vão da internet até as drogas pesadas. Outros ainda se afundam no ativismo, no trabalho e fazem do dinheiro o seu deus.

É tempo de anunciar um mundo novo, uma perspectiva nova, uma nova visão, onde o SER é mais importante que o PARECER (e como as pessoas hoje gostam de cultivar as aparências!); onde o SER é mais importante que o TER (e a ostentação por vezes é o foco das redes sociais!). Vivemos em uma sociedade cheia de gente vazia.

Por isso é imperativo que tomemos consciência de que pessoas são mais importante do que coisas. Não podemos nos furtar à nossa tarefa de apresentar Jesus Cristo às pessoas, mas não um Cristo-doutrina. Devemos apresentá-lo como Cristo-companheiro de Jornada, que sofre com nossas dores e ri com nossa alegria. Um Cristo menos doutrinador e mais amigo, um Cristo que conosco constrói pontes, e não muros.

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